sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Um prédio que cai.....

Prédio que cai!
 
Estamos acompanhando esta tragédia no Rio de Janeiro, e no calor do momento ouvimos tantos comentários e teses, algumas sensacionalistas e sem fundamento técnico, que resolvi escrever algo, do ponto de vista técnico, para todos aqueles que, ouvindo algumas barbaridades, começaram a questionar sobre a segurança e a estabilidade das edificações.
 
1º ponto: “matemática não é opinião”
Edifícios com estrutura de concreto armado são calculados para resistirem ao peso próprio bem como a cargas acidentais. Os coeficientes de segurança aplicados em cálculos são altos, maiores que 40%.
Isto quer dizer que, passados 28 dias do lançamento do concreto, ele já atingiu 99% de sua resistência, então o que pensar de um edifício da década de 40, com mais de 60 anos....Ele já provou em mais de meio século que sua estrutura era íntegra e forte o suficiente para cumprir sua função.
 
2° ponto: “sobrecarga”
Todas as lajes são calculadas para receberem as cargas próprias e acidentais, sendo que esta segunda significa a ocupação interna, ou seja, o peso de sofá, estantes, mesas e etc...
Esta carga acidental é adotada nos cálculos, e invariavelmente gira em torno de 150 a 200 kg/m². Se pensarmos neste número, veremos que a maioria das peças móveis, tanto numa casa como num escritório, nem chegam perto deste peso, e quando pensamos em algo realmente pesado, tipo um cofre, uma estante de livros e coisas do tipo, é comum que, naturalmente se atenha ao local em que será instalado.
É pouco provável que um colapso se dê por sobrecarga, principalmente pelo fato de que, se uma laje está exposta a uma carga excessiva, ela tende a se deformar e “acusar” fissuras, trincas e até deformação na laje, mas será difícil com que isoladamente provoque a queda de um edifício.
 
3º Retirada de Paredes Internas
Nos imóveis atuais, são muitas as construções de “alvenaria armada”, também chamado de “Alvenaria Estrutural”, e estas sim (exceto por algumas paredes identificadas pelo construtor) não podem ser removidas, pois tais paredes estruturais configuram de fato a sustentação do edifício.
A todos os edifícios atuais em alvenaria estrutural, espera-se que todos tenham consciência disto não quebrem paredes estruturais em suas eventuais reformas.
No caso do RJ, pelo fato da estrutura ser do tipo concreto armado, com pilares, vigas e lajes, todas as paredes poderiam ser removidas que o “esqueleto estrutural” continuaria ali, firme e forte!
 
Causa Provável nº 1 – Reformas com remoção de elementos estruturais
A primeira causa provável deste colapso está ligado à obras de reforma.
Pela idade do edifício, sua configuração interna não era como os escritórios de hoje, totalmente sem paredes. Sendo assim, durante sua vida e modernização, muitos inquilinos/proprietários devem ter realizado obras de atualização, abrindo paredes (sem problemas) porém junto com estas podem ter removido elementos estruturais, atentando ou não para eventuais reforços necessários.
Imagine numa torre de 20 andares, em constantes reformas, pode ter ocorrido que algum determinado elemento estrutural atrapalhava tanto a configuração de novo layout, que em algum determinado pavimento achou-se uma solução, e então outros ocupantes seguiram a idéia, outros sobrecarregaram a região de influencia destes pilares, então a somatória destes eventos com o passar dos anos foi a geração de um setor de risco, e talvez a tal da reforma em curso pode ter sido a gota que faltava para o colapso.
Entenda que o início desta desgraça pode ter ocorrido a décadas atrás!!!!
 
Causa Provável n° 2 – Patologia nos elementos estruturais  
Sendo o Rio de Janeiro uma cidade sobre influência direta do mar, com umidade peculiar, os elementos estruturais poderiam estar deteriorando-se e perdendo sua capacidade de resistência paulatinamente.
Os pilares de concreto são compostos de concreto e aço. O concreto resiste muito a compressão, logo é muito requisitado nos pilares porém tem uma outra função muito importante: ele envolve as armaduras (chamado capeamento) protegendo-as contra intempéries.
Caso as armaduras tenham contato com o ar, eles podem iniciar um processo de corrosão. Este processo faz com que o concreto se “destaque” da armadura, exatamente aquela que ele protegia.
Costumamos ouvir de leigos que “o pilar estufou”, e se observa nas quinas do pilares que, quando um pedaço de concreto se destaca, a armadura provavelmente está enferrujada.
Já presenciei caso em que, pilares estavam envoltos em paredes, sem condições de constatação de patologias, e quando detectados (somente em ocasião de reformas), a secção dos pilares estavam comprometidas em mais de 50%, isto mesmo, com ferragens tão oxidadas que estavam partidas.
 
 
RESUMINDO:
Tudo tem de sofrer manutenção periódica: nosso carro, nossa casa, nossa vida!
Não podemos deixar nada ao acaso!
Consulte sempre seu médico, mecânico, consultor e por que não, seu Engenheiro!
 

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

ELEVADORES

Lento? Demora muito? Escuro? Pequeno? Barulhento?

Um dia pelo menos, todos irão reclamar do elevador...e  por varios motivos:

No momento da compra do apartamento na planta, é claro que se observada a quantidade de elevadores mas, para um leigo, as observações talvez parem por ai..... e tem muito mais que se deve saber, pois irão interferir muito no seu dia a dia...

Abaixo alguns itens que ilustram algo mais que vocês deveriam buscar saber sobre o equipamento que está sendo previsto para seu edifício:
1- portas terão abertura lateral ou central? 
     Isto interfere no tempo de reação para reabrir a porta, caso o processo de fechamento se inicie sem que todos tenham embarcado,
2- Acabamento das portas? Inox ou pintura?
     O acabamento da porta interfere diretamente na beleza do hall de elevador de cada andar e muitas vezes a decisão é pelo mais barato, ou seja, pintura.
3- As cabines serão entregues com espelhos?
     É bom saber, senão vira despesa de condomínio,
4- interfone?
    O sistema de interfone está interligado com portaria? (testar). No caso de falta de luz, o interfone irá funcionar? O botão tem destaque no escuro?
5- câmera de segurança e vigilância? Será entregue equipado? Se não, pelo menos a infraestrutura?
6- qual o acabamento do batente pelo lado do hall? será em mármore?
    Normalmente vemos batente para pintura e requadração em massa e pintura. Pronto, ideal para quebra de cantos e reparos constantes.
7- sistema de segurança: o prédio será equipado com gerador? caso negativo, o que acontecerá com o elevador no caso de falta de luz? ele descerá para o térreo e abrirá as portas? Alguém testou? No caso positivo para gerador, ele atenderá aos elevadores?
8- na falta de energia, ele tem luz de emergência? qual a fonte de energia  da luz? bateria (checar o nível de luz pois poderá ser pavoroso ficar dentro de um elevador, no escuro, sem referencia das botoeiras),
9-  o ventilador funcionará sem energia?
10- qual a velocidade dos elevadores?
11- A noite, nos últimos andares costuma-se ouvir o barulho proveniente da casa de maquinas, que chega a incomodar. Haverá tratamento acústico. No poço do elevador de modo a eliminar estes ruídos?
12- capacidade e tamanho do elevador: isto é mais relevante no elevador de serviço pois, todos um dia por mês pelo menos irão subir as compras com carrinho de mercado e qual a surpresa será quando a decisão for se entra você ou se entra o carrinho...
13- botoeira de chamada - um momento de stress se dá quando chamamos o elevador e não sabemos onde ele está, se parado, ou se tem alguém segurando a porta... seria de fundamental importancia se os elevadores fossem entregues com display que indique o andar onde o carro está no momento em que voce faz a chamada;
14 - velocidade - para edificios acima de 10 pavimentos, o trajeto pode parecer lento por demais quando a velocidade for de 0,75 m/s, muito usual nos elevadores de serviço, como exemplo, considerando o 15 andar, entre aceleração e parada, se a viagem for direta, o tempo será de 1 minuto dentro desta caixa claustrofóbica,
15- qual o acabamento do piso? Mármore?
16- será entregue com o alcochoado de proteção? Será entregue com pítons de fixação deste alcochoado?
17- qual a altura livre dentro do elevador de serviço? Muitos moveis, armários e escadas não entram em elevadores baixos,
18- saber qual o sistema infravermelho de controle de segurança das portas e testar sua eficiência,
19- tipo de botoeira - muitas botoeiras são por demais sensíveis, que por vezes as pessoas sem querer encostam e acabam por selecionar várias paradas desnecessárias,
20- cor do display....cor visível ( vermelho ninguém enxerga),


Pois bem, vocês viram como apenas uma pincelada no assunto rende um capítulo todo, logo fiquem atentos!

Qualquer dúvida, sugestão, contato ou orçamento, escrevam para mim


dellabetta@terra.com.br

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Apartamento novo: PONTOS DE TV

Apartamento novo : PONTOS DE TV

Com a economia prospera, a televisão deixou de ser exclusividade da sala e passou a figurar em praticamente todos os ambientes da casa, desde a cozinha até os banheiros, terraços e etc...
Com o avanço da tecnologia, ficou acessível a aquisição de aparelhos maiores, finos, versáteis, atendendo os mais diversos gostos e bolsos, mas o principal disto é que, a tecnologia atual (LCD, LED, etc) extinguiu o velho tubo de imagem, deixando assim os aparelhos com pouquíssima espessura, e isto é explorado intensamente nos novos projetos de apartamento.

As televisões são presença marcantes nos estandes de vendas com apartamentos modelo, onde observamos aparelhos instalados na maioria dos cômodos.

O objetivo desta postagem é o de chamar atenção entre a decoração de ambiente do estande de vendas e aquilo que irá ser entregue a você, quando do apartamento pronto, no que concerne aos pontos de tv.

Deve se atentar para qual infraestrutura  será instalada e principalmente se todos os pontos onde haviam aparelhos de tv no estande serão atendidos na entrega do apartamento modelo.
Já vivenciei casos em que, no apartamento modelo havia um terraço gourmet com um aparelho de televisão, porém na entrega da unidade não fora previsto nem o ponto de antena, muito menos o de energia.

Atente também para ambientes onde não fora previsto tv porém você gostaria que tivesse, como por exemplo, na cozinha ou banheiro.

Durante as obras, a instalação de tubos adicionais, mesmo que não tenha a certeza de que irá utilizar logo que mudar, tem custo insignificante, se comparado aos custos de execução depois do apartamento pronto e entregue.

Estes cuidados buscam evitar uma prática comum em apartamentos onde este cuidado não foi tomado e, com freqüência, observamos cabos de tv pregados ao longo dos rodapés, por vezes, contornando portas para se chegar no ponto desejado.

Outra questão é quanto a altura do ponto de tv. Verifique também se em sua unidade foram previstos pontos de tv a meia altura, ou seja, a 1,50m do chão para a instalação da diretamente na parede.
É comum que esta ligação seja feita com eletroduto de diâmetro 1/2", e por vezes se demonstrará insuficiente, pois não se atenta que o decoder da tv a cabo deverá ficar num móvel baixo, então serão vários outros cabos nesta passagem (video componente, home theater, jogos, etc..). 
Este assunto muitas vezes é resolvido se pretende instalar um painel (por trás de painéis é possivel que se faça toda estas ligações, logo esta situação é para aqueles que não pretendam instalar um painel e muito menos desejam ficar com cabos pendurados).

Existem várias novidades neste mundo de opções de decoração, desde tela de televisão conjugada com o espelho do banheiro (por trás do espelho), aparelhos de tv no teto, em churrasqueiras, na base das banheiras, em elevadores dentro de mobílias, entre outros.

Última dica, peça para que, em toda tubulação seca (apenas eletrodutos, sem cabos), a construtora deixe um arame passado de ponta a ponta, para que se possa checar quando do recebimento da unidade se está tudo em ordem para que a operadora possa passar seu cabo (eventualmente esta tubulação poderá ter sofrido alguma avaria durante a obra, ficando obstruída),

Qualquer dúvida, sugestão ou contato : dellabetta@terra.com.br

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Seu Engenheiro Particular_Clinico Geral: Ainda sobre Memorial Descritivo....Revestimento em GESSO

Seu Engenheiro Particular_Clinico Geral: Ainda sobre Memorial Descritivo....Revestimento em GESSO

Ainda sobre Memorial Descritivo....Revestimento em GESSO

Memorial Descritivo: Gesso liso "desempenado ou sarrafeado"!! o que significa isto?

Antes desta explicação técnica, vamos entender o emprego do gesso:

Todas as paredes de blocos ou tijolos precisam receber um revestimento, o qual os protege e reforçam a parede em suas duas faces, e para este revestimento, o mais comum era a argamassa de cimento, cal e areia ou industrializada.
Com o passar do tempo, na busca de alternativas para baratear a construção popular, as construtoras passaram a revestir as paredes internas com gesso liso, aplicado diretamente sobre os blocos.
Está solução caiu como uma luva, para construções populares, pois é econômica, de rápida aplicação, e construções populares não estão sujeitas a grandes movimentações estruturais (Hoje existem casas populares totalmente executadas, tanto paredes internas quanto externas, em blocos de gesso sem nem sequer pilares de sustentação de concreto).

O problema começa quando, na busca por maximizar resultados, o revestimento em gesso liso começou a substituir os revestimentos argamassados em empreendimentos de maior porte, médio padrão e até alto padrão, sem que esta redução de custo fosse transferida ao adquirente.

Como os atuais empreendimentos contam com concreto de alta resistência, são construídos edifícios altos, com estrutura esbelta, e que movimentam-se mesmo. Desta forma, eventuais cargas que as paredes agüentariam se fossem revestidas de argamassa dos dois lados, não são suportadas, e aparecem com o tempo as fissuras no revestimento.
Quanto mais próximo for o apartamento da cobertura, maior será sua exposição à movimentação estrutural, e por consequência, maior a probabilidade de fissuras no revestimento ao longo da utilização.

Eu resumo o emprego de gesso liso como: método rápido, barato e que proporciona vantagens, "SOMENTE AOS CONSTRUTORES", nenhuma aos adquirentes!.

Isto posto, chegamos no assunto do tópico, que entre ilustra que este assunto ainda pode piorar!!

DESEMPENADO OU SARRAFEADO?

Preste atenção no que consta em seu memorial: quando se refere a "gesso desempenado" , significa que o revestimento das paredes de seu futuro imóvel será uma camada fina de gesso seguindo a alvenaria, sem corrigir o prumo e o esquadro e eliminando eventuais ondulações, ou seja, significa que, se a parede for executada  torta, fora de prumo, o gesso acompanhará a parede e ficará fora de prumo também!! 
Você irá observar isto quando "tentar" encostar um aparador ou bufet na parede ( ou qualquer outro móvel) e constatar que um laço encosta, e o restante fica "um vão"... Ou ainda, não consegue que espelhos ou quadros fiquem encostados na parede!! 
Conheço casos onde construtores pedem para que apenas tome cuidado com alinhamento nas quinas e rodapés, pois são pontos de fácil visualização por conta dos leigos adquirentes!
Meu caro, neste momento não haverá mais solução, já foi, deveria ter atentado antes... (quem sabe com esta dica posso estar lhe ajudando afora mesmo!).

Se o gesso for inevitável, exija que seja "taliscado e sarrafeado", ou seja, que a técnica utilizada seja a mesma para aplicação de argamassa, onde são marcados pontos de níveis verticais (conhecido como taliscas), preenchimento entre duas taliscas formando uma régua vertical perfeitamente aprumada (conhecido como mestra) e depois, quando aplicado o gesso, se utiliza as "mestras" como guias para que se corra o sarrafo entre as mestras, deixando a superfície toda nivelada (a isto chamamos gesso sarrafeado).
Por fim, no caso do sarrafeamento, a resultante será uma superfície mais rigorosa e plana, oferecendo uma garantia melhor de alinhamento, pois tolera uma menor variação de esquadro, de prumo, além de padronizar o empreendimento.

É claro que o gesso sarrafeado é um pouco mais caro, porém muito mais barato que a argamassa cimento/areia! Exija isto como mínimo.

De qualquer forma, independente do método escolhido, é importante que a espessura do revestimento não ultrapasse 5 mm: o aumento dessa medida pode ocasionar trincas no gesso. Portanto, as patologias mais comuns podem ser originadas por trincas referentes ao excesso de espessura, ou, ainda, por fissuras decorrentes de movimentações nas estruturas que geram deformações na alvenaria. Já nos tetos, essas rachaduras podem ocorrer devido à junção das lajes com a alvenaria, também sujeitas às tensões estruturais.

Se voce tem apartamento no alto da torre, brigue muito para que o revestimento seja argamassado! Não aceite passivamente revestimento somente em gesso liso! Valerá a pena!

A seguir, um complemento um pouco mais chato e técnico:

Gesso: processo de calcinação da matéria prima gipsita.
A massa de gesso possuirá resistência  conforme a temperatura e tempo de calcinação a que a gipsita foi exposta, finura, quantidade de água de amassamento e presença de impurezas ou aditivos na composição. 
Alguns produtos de pega mais rápida (endurecem mais rápido) apresentam elevada finura e alta resistência, em razão do aumento da superfície específica, disponível para a hidratação. 
A falta ou o excesso de água de amassamento também pode alterar a pega conforme os valores adicionados - a taxa recomendada de água na hidratação é de aproximadamente 18,6%.
Por ser altamente solúvel, o gesso deve ser aplicado em áreas internas livres de umidade.
 Para iniciar o processo de execução recomenda-se que o substrato - bloco de concreto ou revestimento à base de cimento - esteja concluído há no mínimo um mês, mas comumente não é isto que acontece!
A aplicação deve ser iniciada pelo teto, estendendo-se pelas paredes até completar a metade superior com o auxílio de um andaime. Em seguida, os andaimes devem ser removidos e a parte inferior da parede finalizada.
O gesso liso é largamente utilizado para acabamento, pois deixa um aspecto mais bem acabado, liso e reto.  O gesso liso tem um custo benefício melhor do que reboco e massa corrida, pois o gesso liso substitui o reboco e 90% da massa corrida. A massa corrida é usada apenas para revisar a parede, o que trás economia ao "CONSTRUTOR" 
 É importante também a limpeza da superfície de aplicação. Estes cuidados são muito semelhantes aos necessários para a aplicação do reboco de cimento. 
O revestimento com gesso não é recomendado em áreas de contato direto com a chuva, ou seja, nas paredes externas.  O que agride o gesso não é o molhar da água e sim o atrito repetitivo causado pelos pingos de chuva e pela abrasão de agentes externos. 
O GESSO DE REVESTIMENTO é vendido em sacos de papel de 40 kg com validade de 6 meses (se estocado de maneira adequada). O tempo de pega inicial se dá com 15-18 min. E o final com 40-45 min. 
Não é indicada a utilização direta do gesso em contato com ferro em virtude da oxidação causada pelo sulfato. 
A pintura deve ser aplicada sobre a superfície seca, dependendo da umidade relativa do ar na região, essa secagem do revestimento varia bastante. 
É necessário a aplicação do selador para garantir qualidade no revestimento, muito embora essa utilização seja muitas vezes suprimida na construção de casas populares.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Ainda sobre Memorial.....PORTAS DE MADEIRA

Ainda sobre Memorial Descritivo....
PORTAS DE MADEIRA PARA PINTURA OU CERA
É assim que consta na maioria dos memoriais descritivos, mas é apenas isto que devemos saber?
Creio que não...

De uma maneira simples, podemos questionar como serão as portas: ocas, alveolar (alvéolos de papelão ou outro material leve), ripadas semi cheia, ripadas cheias, ou maciças...Todas estas são "Portas de Madeira" e você precisa saber por qual delas está pagando.

A sequência descrita acima parte da porta mais simples e barata para a mais cara!

As portas ocas, são formadas por um quadro de madeira, por alguns chamado de "encabeçamento" e são literalmente "ocas", logo são leves e frágeis. Seu maior inconveniente é sua fraca performance acústica, ou seja, ouve-se tudo pelo outro lado da porta, e sendo assim, dependendo do cômodo a que estamos falando, poderá ser muito inconveniente.
As portas alveolares são semelhantes às ocas, porém tem uma resistência melhor quanto à esforços mecânicos, pois os alvéolos interiores reforçam um pouco a folha de fechamento.

O mais comum no mercado são as portas semi cheias.

Confira o que comprou com algumas dicas:

1- pergunte se o batente da porta terá borracha de vedação,
2- pergunte se o batente, terá a base (o "pé" do batente) com material impermeável, isto mesmo, pois nos ambientes molhados, o primeiro lugar a apresentar patologia (apodrecimento da Madeira) é exatamente a base do batente pela falta de cuidado no tratamento deste ponto,
3- pergunte o tamanho da guarnição de acabamento,
4- pergunte sobre o acabamento no encontro entre guarnição e rodapé. Normalmente se utiliza uma peça de transição chamada "sóculo",
5- pergunte sobre as ferragens, qual o tipo de dobradiça...
6- pergunte se receberá as portas externas com olho mágico, trava de segurança e etc...
7- pergunte o tamanho real das portas, pois é comum acontecer de geladeiras e outros móveis não "entrarem" no apartamento por ocasião da mudança, sendo que conheço casos que fora necessário retirar a porta e até batentes...

Estas questões devem ser esclarecidas na compra do imóvel...

Existem outras questões a serem observadas quando do recebimento do imóvel, mas isto será objeto de novo artigo mais adiante...

Qualquer dúvida ou sugestão, fale comigo: dellabetta@terra.com.br






APELO ECOLÓGICO
Muitas empresas preocupadas com o meio ambiente, adquirem portas apenas de fabricantes que garantam a procedência da matéria prima de áreas de reflorestamento, certificadas, cujo ciclo de produção na fábrica também não agrida o meio ambiente

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Este tal MEMORIAL DESCRITIVO....

Memorial Descritivo?
Para muitos, parece uma "bula"...todos sabem que é importante, mas poucos lêem com toda atenção merecida ou a leitura é feita praticamente no momento em que se está fechando o negócio...
Muito tarde...
Pois é, o pior caso é quando este tal de "Memorial Descritivo" servir "lá na frente" para que se "tire dúvidas" quando do recebimento do imóvel, e na maioria destes casos, os adquirentes não ficarão satisfeitos com o que irão deparar...

Como introdução, a priori o Memorial Descritivo deve "descrever", de forma sucinta, aquilo que você está comprando.

Se você for uma pessoa muito cuidadosa, irá solicitar antes da compra, o memorial descritivo que consta no "registro de incorporação - RI", pois este documento foi o qual o Incorporador registrou em cartório informando como pretende construir o edifício.
Você irá se surpreender como este documento é genérico, constando muito pouco daquilo que veiculado em marketing..
Talvez o primeiro memorial que tenha acesso, seja o memorial descritivo a ser rubricado no momento da assinatura do instrumento de compra. Muito tarde.... peça este documento logo no início do "namoro" com o novo apartamento.

A primeira constatação que irá fazer (na maioria dos casos) será o emprego praticamente em todos os itens constantes no memorial da palavra "SIMILAR"...
Este é um grande problema, pois o emprego do termo "SIMILAR" pode ser subjetivo, como por exemplo: uma simples torneira, pode variar de R$50,00 a mais de R$1.000,00 e continua sendo apenas uma "torneira", logo, como saber exatamente o que está se comprando?
Como no momento da compra se sabe exatamente o preço do imóvel, seria no mínimo razoável que se soubesse a referência, modelo, código, tamanho, cor, espessura, marca e demais detalhes daquilo que se está pagando e que compõe o todo.
Se o memorial tem referências porém também tem o famoso complemento "OU SIMILAR", então a complicação está estabelecida: como uma torneira "linha Belle Epoque", de um determinado fornecedor pode ter "SIMILAR"? O que estabelece tal similaridade?
A segunda constatação ao ler o memorial e caso o estande de vendas tenha um apartamento modelo decorado, é que, basicamente, nenhum dos materiais do memorial foram utilizados no modelo.....Existem casos de incorporadores, já cientes deste stress futuro, que montam um apartamento decorado, um sonho, porém montam um segundo modelo da forma como será entregue, de acordo com o memorial!! O "choque" é eminente! porém é bom que seja antes, pelo menos para quem está comprando pois fica claro o que de fato irá receber.
Como o assunto é vasto, pois outros itens devem ser observados, como: preparado para piso, revestimento de gesso liso entre outros, nas próximas postagens abordarei cada um destes, pois merecem um capítulo a parte...
Atenção nunca é demais...

Sugestões? Me escrevam dellabetta@terra.com.br